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Mostrando postagens de julho, 2025

Notas para um amor que ousa existir no silêncio do outro

Hoje faz seis meses que a gente se permitiu. E vem se permitindo, em passos curtos, em respiros longos, em gestos que nem sempre sabemos nomear. Nos encontramos sem promessas, sem anúncio, sem manual. Nos tocamos com corpo, voz, língua… e com o silêncio que nos costura por dentro. Hoje, confesso, pensei em te dizer muita coisa. Porque eu gosto de dizer o que sinto sem medo de sofrer ou ser feliz. Porque o tempo, para mim, é movimento. E eu valorizo o que se move, mesmo que não tenha nome. Por isso guardo datas. Comemoro coisas simples. Celebro o que me atravessa. Faço isso porque a vida, para mim, ganha sentido quando posso lembrar do que foi vivido. E você tem sido vivido... por inteiro. Mas deixo muitas dessas palavras flutuarem na dança dos nossos pensamentos. Talvez elas nos toquem em outro momento. Talvez fiquem só aqui, escritas em mim. Hoje, deixei apenas uma canção que amo — Valsinha, de Chico. Uma música onde amantes se reconhecem, mesmo que não se olhem. Porque no fundo, o es...

Paixão em pleno envelhecer

Diante do meu envelhecer pensava que não mais viveria a paixão. E me vejo assim, apaixonada? Não sei! Creio que desperta, fora da hibernação que me encontrava! Eu que hibernava na minha sexualidade, me vejo cheia de fogo da pulsão. Entre as minhas sopas  de letras cheia de poesias, vc me respondia pragmaticamente no silencio cheio de som !No ar que me chegava  uma grande excitação   ! A vida urge em tempo do nosso envelhecer, é uma espécie de adolecer na idade onde existe maturidade, mas paixão é paixão... Não tem tempo ou idade, é resposta a vida de tantas possibilidades! 

O escândalo da existência continua sendo amar

🌹 Eu voltei. Não por saudade de escrever ( ate porque vivo escrevendo ...) mas porque a palavra me move, me sustenta, me exige. Esse blog estava adormecido como quem cochila depois do gozo, mas sonha com o próximo toque. E aqui estou eu, nua de urgência e vestida de verbo, abrindo a porta outra vez. A vida continuou me escandalizando com sua rotina de surpresas e silêncios. Continuei amando e isso, sim, é o maior escândalo. Amar no tempo da pressa. Amar no tempo das reservas emocionais. Amar no envelhecer .Amar com tudo o que tenho: desejo, riso, insônia, fé, afeto, dúvidas, pele... Amorosamente ser ! Se alguém perguntar por que escrevo aqui de novo, talvez eu só diga: porque sou o próprio amor. Com um riso de quem sabe que amar ainda é o ato mais subversivo que se pode cometer. Bem-vinda de volta, escandalosa...e também existencialista. A página é tua.