Entre o Tempo e a Sensibilidade
Há um instante sutil em que a vida revela: não somos mais os adolescentes febris que corriam atrás de cada sopro de emoção. Mas isso não é perda é uma conquista silenciosa. A sensibilidade não se apaga; ela muda de voz. Deixa de gritar e passa a sussurrar, mais funda, mais serena.
O tempo, tantas vezes acusado de nos roubar existência, mostra-se mestre paciente. Ele ensina que não é preciso sofrer por antecipação, nem temer o silêncio entre uma batida e outra do coração. Ele diz: “Sinta com inteireza, mas não se apresse; permita que as coisas floresçam no seu próprio ritmo.”
Repensar a sensibilidade não é diminuí-la, é afiná-la. É aprender que a paixão pela vida pode ser intensa mesmo quando caminha devagar. É perceber que o mundo segue belo, e que ouvir o seu pulso exige, às vezes, mais escuta do que urgência.
Crescer existencialmente talvez, seja isso: descobrir que o agora pode ser vasto; que a espera pode ser fértil; e que a sensibilidade longe de fragilidade é a raiz que ancora a existência ao que tem sentido.
Escrevo e entro em contato com meus sentimentos e emoções e o que vira discurso torna-se prática !!
Comentários